
Coração de Jesus, de cuja plenitude todos nós recebemos.
Unidos para a recitação do Angelus, unlmo-nos a Maria no momento da Anunciação, quando o Verbo Se fez carne e veio habitar sob o seu Coração: o Coração da Mãe.
Unimo-nos, portanto, ao Coração da Mãe que a partir do momento da concepcão conhece melhor o coração humano do seu divino Filho: "Da sua plenitude é que todos nós recebemos graça sobre graça", assim escreve o evangelista João (Jo 1, 16).
Que é que determina a plenitude do coração? Quando podemos dizer que o coração está repleto? De que está repleto o Coração de Jesus?
Esta repleto de amor.
O amor decide sobre esta plenitude do coração do Filho de Deus, à qual nos dirigimos hoje na oração.
E um Coração cheio de amor do Pai: cheio de modo divino e ao mesmo tempo humano. Com efeito, o Coração de Jesus é verdadeiramente o coração humano de Deus-Filho. É portanto um coração cheio de amor filial: tudo o que Ele fez e disse sobre a terra, dá testemunho precisamente desse amor filial.
Ao mesmo tempo o amor filial do Coração de Jesus revelou e reveta continuamente ao mundo o amor do Pai. O Pai, na verdade "amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho único" (Jo 3, 16) para a salvação do mundo; para a salvação do homem, para que ele "não pereça, mas tenha a vida eterna"
O Coração de Jesus esta, portanto, cheio de amor pelo homem. Está cheio de amor pela criatura. Cheio de amor pelo mundo.
Está totalmente cheio!
Esta plenitude nunca se esgota.
Quando a humanidade utiliza os recursos materiais da terra, da água, do ar, estes recursos diminuem e pouco a pouco esgotam-se. Fala-se muito sobre este tema a própósito da exploração acelerada desses recursos realizada nos nossos dias. Daqui derivam advertências tais como: "não exploremos além das medidas".
Com o amor acontece justamente o contrário. Isto não ocorre com a plenitude cio Coração de Jesus.
Ela nunca se esgota e jamais há-de esgotar-se.
Desta plenitude todos nós recebemos e graça sobre graça. E preciso somente que se dilate a medida do nosso coração, a nossa disponibilidade em participar dessa superabundância de amor.
Precisamente por isto nos unimos ao Coração de Maria.
Autor: João Paulo II
Nenhum comentário:
Postar um comentário