Ao longo na história da humanidade o homem sempre se preocupou com a vida, uma vez que sempre a reconheceu como dom fundamental de valor inestimável e, há 60 anos, a declarou como direito humano fundamental, como rege na Declaração dos Direitos Humanos, Art. III.
A vida nos foi dada por Deus. Ele confiou a cada ser humano a administração deste dom. Como somos parte da mesma família humana, também nos deu a missão de nos ajudarmos mutuamente na administração deste mesmo dom, ou seja, devemos nos ajudar uns aos outros a conservarmos nossa vida e vivê-la em plenitude. Infelizmente nem um nem outro papel estão sendo cumpridos com fidelidade. Num crescente sem igual, o homem tem jogado fora sua própria vida e tem atentado contra a de seu próximo. Prova disso é a violência, o usa de drogas, a aprovação do aborto, dentre outros delitos que cerceiam a vida.
A Igreja Católica sempre acreditou que a vida deve ser respeitada desde seu início, o momento da fecundação até o seu fim natural. Assim, parece ser uma das poucas instituições, talvez a única, que publicamente tem se colocado em defesa da vida e denunciado todo e qualquer atentado contra ela. Muito tem sido feito. Além das mobilizações em momentos e situações específicas, especialmente o Papa e os Bispos, nos diversos pontos do nosso planeta, tem levantado a voz para relembrar aos homens o valor de tão precioso dom de Deus. São documentos, pronunciamentos, congressos, alocuções. Além das palavras, milhares de religiosos e leigos fazem um esforço concreto de cuidar e proteger a vida dos inocentes, desde as crianças até os idosos, nas múltiplas situações em que se encontram, fáceis os difíceis, em diversas instituições caritativas espalhadas pelo mundo. Tudo para dizer: Escolhe, pois, a vida (Dt 30, 19). Basta acessarmos o site da Santa Sé e podermos conhecer o quanto a Igreja tem feito pela vida, em palavras e atos.
A opinião da Igreja não é um mero fideísmo, nem tampouco elucubração superficial. Cientistas de diversos campos, alguns até ateus, não cessam de corroborar o que a Igreja diz. Além disso, inúmeros homens e mulheres de boa vontade, das diversas religiões ou mesmo ateus, tem se mobilizado concretamente para proteger a vida e o seu direito.
Creio que o problema não está na solidez dos argumentos a favor da vida, porque eles são inquestionáveis, mas na falta de desejo de muitos dos nossos concidadãos, mesmo os eruditos, em analisar com profundidade este tema, prescindindo de sentimentalismos e pensamentos infantis, irrazoáveis. Bastaria bom senso para reconhecer que a vida é preciosa, por isso devemos cuidar dela.
Deus nos abençoe a todos.
Pe. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo
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